Já aprendemos o conceito sobre o que é escaneamento 3D. Agora iremos aprender como escanear em 3D uma peça – processo também conhecido como Digitalização 3D. Para isso, a primeira coisa que precisamos fazer é descobrir qual é o equipamento (scanner 3D) ideal para realizar o trabalho. Precisamos levar em conta então o tamanho da peça, a precisão necessária para o seu projeto e, no caso de peças de grande porte, o acesso até elas.
No mercado exitem tres tipos de tecnologia de scanners 3D:
- Luz estruturada: mais precisa, podendo chegar em 0,01mm de precisão para peças que vão de 5mm até 2 metros;
- Hand scanner: hoje existem hand scanners que chegam a atingir uma precisão de 0,02mm com fotogrametria integrada, permitindo manter a precisão centesimal em peças acima de 8 metros;
- Scanners 3D de ambientes: para áreas grandes como galpão ou indústrias com precisão de 1mm até 3mm e tomadas de 360 graus com raios que podem ir de 70 metros de raio até aproximadamente 350 metros de raio (dependendo do modelo).
Uma vez definido o equipamento e sua respectiva precisão, o próximo passo sobre como escanear em 3D é preparar a peça a ser escaneada.
Como escanear em 3D: A preparação e outros detalhes
O preparo da peça
Se você leu até aqui, já deve ter entendido um pouco sobre como escanear em 3D uma peça. Mas quais são os preparos que temos que fazer se quisermos escanear uma peça em 3D?
Se a peça for digitalizada com luz estruturada, a mesma precisa estar isenta de sujeiras e óleo. Após a limpeza, aplica-se uma camada de pó revelador para facilitar a captura eliminando reflexos (lembrando que é possível fazer sem isso ou, no nosso caso, usar um kit de lentes especiais que permite fazer isso de forma fácil sem nenhum acréscimo no processo).
Se for feito com hand scan, a peça precisa conter adesivos colocados previamente para garantir o posicionamento de cada área escaneada de forma integrada entre as mesmas, mantendo a mesma medida tridimensional da peça.
Para peças pequenas, é mais fácil a manipulação durante a digitalização 3D. Neste caso é possível até usar uma base rotativa, automatizando o processo de captura.
Para peças de grande porte ou pesadas, é necessário que a captura seja feita in loco (no local) e, neste caso, o acesso poderá limitar o tipo de equipamento a ser usado. O preparo e cuidados são sempre os mesmos, o que muda neste caso, porém, é o acréscimo do custo de deslocamento e estadia quando necessário.
Peças montadas
Como escanear em 3D peças que possuem outras peças montadas nela, como parafusos, hastes ou algo do tipo? É preciso entender que um scanner 3D captura apenas o que um olho humano consegue enxergar. Ou seja, teoricamente o que nosso olho está enxergando será o mesmo campo de visão do scanner 3D.
Então como escanear em 3D peças assim? Para peças com montagens, se faz necessário a desmontagem destas peças antes do processo de escaneamento. Caso seja necessário, um engenheiro poderá acrescentar estes detalhes após a digitalização durante o modelamento, garantindo que os detalhes funcionais da(s) peça(s) sejam fiéis à sua aplicação e montagem.
Para cada tipo de peça, é necessário considerar detalhes de processo como marcas, ângulos de saída, empenamento, entre outros. Esses detalhes precisam ser corrigidos na etapa de modelamento.
Quais tipos de arquivos podem ser gerados após um escaneamento 3D?
Existem vários outputs que podem ser gerados após a captura feita por scanners 3D:
- Apenas o arquivo STL;
- O modelo CAD, que normalmente é entregue em STP, Parasolid ou IGS. No entanto, é possível exportar na extensão do software CAD do cliente. Para isso, deve-se considerar um adicional significativo, uma vez que o mesmo será parametrizado e depois convertido através do uso do live transfer dentro do Geomagic Design X, mas isso somente se o CAD estiver instalado na mesma máquina, para que assim seja feita a conversão. Para peças com superfícies complexas, não faz sentido o uso do live transfer, uma vez que a parametrização das mesmas ficam mais limitadas;
- Relatório dimensional que poderá ser apenas um comparativo simples com medidas de referência ou até um relatório completo para liberação da produção.
Como é calculado o custo?
Mais do que apenas saber como escanear em 3D, é necessário saber também quanto este trabalho custaria. O custo para atividades de escaneamento ou digitalização 3D é calculado em cima de “horas”. Considerando ainda que se trata de um equipamento com valor agregado, nós levamos em considerações alguns detalhes, como:
- O tamanho de peça (muito pequeno ou muito grande tende a levar mais tempo);
- Tempo para processar arquivos (peças muito grande ou com poucos detalhes de referência para alinhamento levam mais tempo);
- Complexidade das superfícies (na hora de modelar, se a superfície é muito complexa ou precisa de muito retrabalho, pois se a peça física estiver com várias deformações, leva-se mais tempo).
Quais equipamentos a RESCANM possui para fazer este serviço?
Somos representantes oficiais no Brasil dos maiores fabricantes de scanners 3D do mundo, a ScanTech. Trabalhamos com scanners 3D tanto hand scan (como na foto inicial), quanto de luz estruturada. Você pode ver os modelos com os quais trabalhamos em nossa página de scanners 3D.
Independente da sua necessidade, caso precise de uma orientação de um especialista, entre em contato conosco sem compromisso! Basta deixar uma mensagem através de nossa página de contato. Nossa equipe se coloca à sua disposição para auxiliá-lo em seu projeto respondendo todas as dúvidas que possam surgir.