Já ouviu falar nas Anisoprint? Trata-se de impressoras revolucionárias criadas por uma empresa com sede na Rússia.
As impressoras 3D convencionais já chegaram ao mercado abrindo um leque enorme de possibilidades para engenheiros e designer. O problema é que, ao aplicar Engenharia Reversa em peças utilizando estas impressoras, por exemplo, nem sempre o material utilizado na impressão dos produtos oferece resistência satisfatória.
A impressora em questão foi criada por uma empresa da Rússia de mesmo nome, e está prestes a mudar este cenário. A novidade chega ao mercado apresentando uma solução inovadora.
A empresa desenvolveu uma tecnologia de impressão tridimensional de objetos de plástico reforçado com fibras contínuas. A série de impressoras foram batizadas de Anisoprint Composer, com três modelos de tamanhos diferentes.
Como as Anisoprint funcionam
A tecnologia é a seguinte: na impressora são carregadas duas bobinas com um arame composto reforçado e um fio de plástico convencional. Dentro do extrusor o fio derrete-se, cobrindo o arame, o que permite colocar fibras em qualquer direção, criando materiais compostos de qualquer forma e complexidade.
Após digitalização 3D e pré desenvolvimento do produto através de um software CAD — como os softwares 3D SYSTEMS, por exemplo, as peças passam por um outro software conectado à impressora e que determina qual o tempo e como será a rotina de impressão. O método adotado por esta impressora possibilita a produção de peças feitas com um material composto mais resistente. No vídeo (abaixo) divulgado pela empresa, é possível ver a nítida diferença entre uma peça produzida em uma impressora 3D convencional e a mesma peça produzida pela impressora deles, que no teste realizado no vídeo suportou a pressão de 32 quilogramas.
De acordo com Vladimir Turtikov, diretor operacional de tecnologias avançadas da empresa, “esta é a primeira vez que uma impressora 3D consegue imprimir peças de material composto polimérico 10 a 15 vezes mais resistentes e rígidas do que as peças de plástico convencional impressas por outras impressoras. Estamos felizes por esse produto ter sido desenvolvido completamente em Skolkovo”, comenta.
A empresa possui um único concorrente direto, a empresa norte-americana Markforged que também produz impressoras 3D de materiais compostos. No entanto, a impressora da Markforged pode usar apenas nylon como plástico, já as impressoras da Anisoprint podem usar qualquer tipo de plástico, dependendo das necessidades do cliente.
Além disso, de acordo com Fyodor Antonov, diretor-geral da empresa russa, o equipamento e material russos são mais acessíveis. “A impressora mais barata da Markforged custa mais do que a nossa mais cara, embora sejam aparelhos da mesma classe. Quanto aos materiais, os da empresa norte-americana são três vezes mais caros”, comentou.
As primeiras impressoras entregas pela empresa estão previstas para o próximo semestre. As Anisoprint Composer custarão entre 4,9 e 8,9 mil euros (entre R$ 18,6 e R$ 34 mil).